A doença de Haff ou doença da urina preta é gerada no organismo por uma toxina presente em determinados tipos de peixes como o tambaqui, o badejo e a arabaiana ou crustáceos.

Entre os crustáceos essa toxina pode ser encontrada na lagosta, camarão e lagostim. Geralmente, essa toxina é encontrada com mais facilidade quando o pescado não foi guardado corretamente ou não foi refrigerado corretamente.

Nesses casos, o pescado gera a toxina que não possui cheiro e sabor. E mesmo quando o pescado é cozido, a toxina permanece ativa podendo destruir as fibras musculares e esqueléticas, liberando parte dessas fibras na corrente sanguínea gerando danos no organismo atingindo os rins e outros órgãos.

A doença de Haff

Cientificamente, essa doença é referida como síndrome de Haff, é causada por toxinas existentes em peixes e outros tipos de pescados mal refrigerados, a doença pode causar necrose na região do músculo e ruptura nas células musculares.

A doença também causa escurecimento da urina, tornando-a aparente igual a cor de um café líquido. Segundo médicos e especialistas, a doença se refere também a um processo inflamatório que causa fortes dores abdominais.

Quando foi detectada?

Essa doença é conhecida há bastante tempo, sendo identificada em 1924, na Europa. Ela agrupa sintomas sempre associados ao quadro de pessoas que comeram pescados mal armazenados.

Segundo as pesquisas mais recentes, a doença está associada à ingestão do pescado pelo menos 24 horas antes do aparecimento dos primeiros sintomas.

Doença rara

Trata-se também de uma doença rara, e pode ser considerada como uma intoxicação alimentar. Essa toxina não é eliminada pelo calor e por nenhum tempero.

Dessa forma, o peixe mesmo estando cozido pode transmitir a doença. A toxina ainda não foi plenamente identificada pelos cientistas.

Principais sintomas da doença de Haff

A doença causa sintomas como rigidez muscular, dores em diferentes músculos, dor torácica, respiração lenta, dormência, perda de força e escurecimento da cor da urina.

A urina fica preta pelo fato dos rins tentarem limpar o órgão internamente, causando também lesão na musculatura e sintomas similares ao da dengue. Os sintomas costumam aparecer entre 2 a 24 horas depois de consumido o peixe ou o crustáceo.

Mais complicações

A toxina é eliminada pelos rins, o que pode causar insuficiência renal, o que gera a necessidade de procurar o atendimento médico de forma urgente, para evitar danos aos rins.

Tratamento

O tratamento exige hidratação nas horas seguintes do aparecimento dos sintomas visando concentrar a toxina ainda mais no sangue. Em muitos casos, o tratamento exige a realização de hemodiálise.

Prevenção

É importante prevenir a doença evitando a ingestão de pescados mal armazenados ou que perderam qualidade no processo de transporte e armazenamento.

O indicado é comprar os produtos em local conhecido e com garantia de segurança.

Conclusão

Neste artigo apresentamos os principais sintomas da doença de Haff, uma doença que ainda é considerada rara pelo fato dos cientistas ainda não terem identificado a toxina e outros fatores químicos relacionados a ela. Agora que você sabe as principais informações, vale a pena ter mais cautela com os alimentos que consome em especial peixes e frutos do mar. Em tempos de pandemia todos os cuidados são bem necessários!